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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Os métodos dos profetas

Os profetas eram um dos principais meioss de comunicação de Deus com Israel. Esses indivíduos (em sua maioria homens, mas também havia profetisas) haviam recebido um chamado especial de Deus. Alguns ministravam sozinhos, outros, em grupos. Alguns eram funcionários públicos e conselheiros do rei, outros criticavam o governo. Alguns não trataram de questões governamentais, mas prroclamaram mensagens ao povo comum. Alguns empregaram linguagem clara e prática; outros usaram visões e imagens complexas.

Adivinhadores?
Muitas vezes, imaginamos o profeta como alguém que prevê acontecimentos futuros. Não era assim, porém, que os profetas do Antigo Testamento trabalhavam. Em geral, seu papel era ajudar as pessoas a atender o que significava ser povo de Deus em suas circuntâncias específicas. Em vários sentidos, é mais apropriado comparar os profetas com analistas empresariais do que com adivinhadores. Suas mensagens eram tão variadas quanto as circunstâncias de seus ouvintes, mas havia um padrão semelhante.

Uma variedade de métodos
As mensagens dos profetas assumiam várias formas: parábolas e visões, julgamento, mensagens de salvação, hinos, conclamação para batalha, oráculos de ameaças, proclamações triunfantes e lamentos. Apesar de os métodos dos profetas variarem, cinco abordagens faziam parte de seu ministério:

1. Analisar a situação atual. Essa análise podia se originar da observação atenta, bem como de inspiração divina direta. O povo precisava de uma visão realista daquilo que estava acontecendo. Era função do profeta, portanto, mostrar a verdade nua e crua. Em muitas ocasiões, condenar4am a imoralidade, idolatria, injustiça e opressão enquanto o povo ainda se considerava bom e religioso. Em contrapartida, houve momentos em que o povo imaginou-se perdido e coube aos profetas ajudá-los a entender a realidade da soberania de Deus.
2. Dizer ao povo como Deus via a situação. Como Deus encarava o desespero ou desapontamento deles? O que Deus pensava da injustiça e corrupção do povo havia desobedecido a Deus e cabia aos profetas anunciar o julgamento divino que lhes sobreviria.
3. Iniciar mudanças. Os profetas desejavam mudar as atitudes e o comportamento do povo. Depois de mostrarem como Deus estava vendo a situação, o passo seguinte era explicar o que Deus desejava que o povo fizesse: se arrependesse, voltasse para o Senhor, se opusesse a determinado inimigo ou praticasse a justiça. Essas mensagens e outras semelhantes ocupavam um lugar importante nos oráculos dos profetas.
Profetas que não escreveram Quize profetas (dezesseis se contarmos Daniel que foi mais estadista do que profeta) registraram suas profecias por escrito e seus textos constituem quase um terço do Antigo Testamento. Não foram, porém, as únicas pessoas que Deus usou para profetizar. As narrativas históricas do Antigo Testamento mencionam vários outros profetas que também eram pessoas comuns com virtudes e fraquezas, alegrias e tristezas. Dentre os profetas que não escreveram, temos: Natã, que desempenhou um papel importante na vida do rei Davi. Explicou a Davi a vontade de Deus acerca da construção do templo em Jerusalém e apresentou as possibilidades para a dinastia de Deavi, caso seus descendentes agissem com integridade. Natã confrontou Davi com o parecer divino sobre seu adultério e, posteriomente, interveio para garantir que Davi seria sucedido por Salomão, e não por algum outro de seus filhos.
Elias atuou como profeta no Reino do Norte, Israel, por cerca de cinquenta anos. Desafiou o paganismo durante o reinado de Acabe, proclamou a soberania de Deus sobre Baal e seus profetas e deu ânimo àqueles que continuaram a servir a Deus em tempos 
Eliseu, Sucessor de elias, começou como seu servo pessoal, mas acabou por influenciar a vida de Israel e arredores. Eliseu foi um dos poucos profetas cujo ministério envolveu acontecimentos considerados miraculosos. Hulda é uma das poucas profetisas mencionadas no AT. Quando o rei Josias encontrou o livro da Lei enquanto restaurava o templo, consultou Hulda para saber qual era a vontade de Deus acerca dessa questão. Ao que parece, nem os oficiais nem o escritor que registrou esse acontecimento sem maiores comentários fizeram caso de o rei consultar uma mulher acerca de uma questão de tamanha importância.

Milagres de Elias e Eliseu
Elias
Alimentado por um corvos (1Rs 17.1-7)
Farinha e azeite para a viúva de Sarepta(1Rs 17.16)
Fogo sobre o altar (1Rs 17.38)
Levado por um redemoinho (2Rs 2)
Eliseu
Purificação das águas de gericó (2Rs 2.19-22)
Zombadores mortos por ursas (2Rs 2.24)
Multiplicação do azeite da viúva (2Rs 4.1-7)
Ressurreição do filho da sunamita (2Rs 4.32-36)
Cura da lepra de Naamã (2Rs 5.10-14)
Ferro do machado é encontrado (2Rs 6.1-7)
Siros são acometidos de cegueira(2Rs 6.8-23) 

4. Antever o futuro. Se o povo desse ouvidos e seguisse os caminhos de Deus, o futuro seria maravilhoso. O Antigo Testamento traz várias imagens de um futuro glorioso, no qual Israel desfruta prosperidade e esperança e serve de modelo para as nações.
Se, contudo, o povo não desse ouvidos às palavras dos profetas, o futuro seria desolador. O Antigo Testamento também traz várias imagens da calamidade e devastação que os aguardava. Os profetas se referiam ao futuro a fim de influenciar o comportamento no presente. Qual dos futuros possíveis Israel viveria? A resposta dependia de seu grau de compromisso e da forma como reagiam às mensagens de Deus transmitidas pelos profetas.
5. Falar de Deus ao povo. O mais importante de tudo era Deus e o relacionamento do povo com ele. Deus era real, cuidava deles e se importava com eles. Deus os julgaria, mas continuaria a amá-los e considerá-los seu povo.
Pastor Eraldo Moises