Corporativês
Atenção, gestores e líderes: uma grande falha na comunicação dentro das empresas é a mania que a maioria dos profissionais tem de usar a língua do corpotativês. fuga dela e use os conceitos de maneira adequada, para não exagerar na hora de incentivar a equipe. O tiro pode sair pela culatra. O corpotativês é cada vez mais conhecido e ouvido no mercado. É uma língua composta de grandes jargões dos negócios, que acham bonito falar, mas ninguém sabe o que querem dizer. Inovação, comprometimento, estratégia, desafio, paradigma, mudança, alinhar e holístico são algumas das palavras que compõem o rico vocabulário do corporativês. Há ainda, no dicionário da língua corporativa, expressões bastante comuns como: valor agregado, cadeia de valor, capital intelectual, foco no cliente, melhores práticas e diferencial competitivo. O problema maior desse blá-blá-blá corporativo é que estamos vivendo um momento em que a palavra de ordem é competitividade. O mercado evolui em constante mudança, e o que vemos são gestores perdidos em belas palavras, tentando a qualquer custo fazer que suas equipes apliquem todas elas no trabalho. É preciso refletir criticamente sobre a realidade empresarial, para construída e modificá-la continuamente em nome da competitividade e do sucesso. É preciso mais do que palavras para aumentar o envolvimento dos empregados na corporação - a melhor forma é explicar detalhadamente o que se pretende com cada uma delas. Se se diz "valor", o que significa esse valor, qual a diferença de sentido em relação aos outros competitivo", explicar aos empregados que se trata daquilo que a empresa tem de diferente das outras, permitindo-a competir com mais qualificação. Se não formos analíticos ao explicar as palavras, corremos o risco de ser mal interpretados. Assim como a palavra "felicidade", por exemplo, tem um sentido para cada um, o bom profissional precisa dar o sentido pretendido ao seu discuso, para não acabar caindo no corporativês e não ser compreendido por ninguém.
A assembleia na carpintaria
Contam que em certa carpintaria houve uma estranha assembleia: uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. O martelo assumiu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que ele teria de renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse barrado o parafuso, alegando que ele dava muitas voltas para conseguir algo e chegar aonde queria. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu o impedimento da lixa. dizia que ela era muito áspera no trato com os demais, entrando sempre em atritos. a lixa acatou, com a condição de que o metro também não assumisse, pois ele sempre media os outros segundo a sua própria medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento, entrou o carpinteiro, juntou as ferramentas, tomou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente vazia, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tornou a palavra e disse: -Senhores, ficou demonstrado que todos temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremos-nos em nossos pontos fortes. A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exaro. Todos se sentiram então como parte de uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade e celebraram a alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
Pastor Eraldo Moises